Como tirar fotos em movimento?
Você provavelmente já se arrumou para a foto perfeita e apertou o obturador no momento certo, apenas para descobrir que a foto está toda desfocada. Esta é uma das maiores frustrações para iniciantes e até mesmo para fotógrafos mais experientes. Não há necessidade para a frustração: com o entendimento dos fatores ambientais que entram em jogo nas fotos em movimento, você pode antecipar os passos necessários para a captura.
O fator mais importante em qualquer cena de ação é a luz ambiente. O raciocínio é bastante simples. A fim de capturar uma cena de ação, você precisa de uma velocidade de obturador muito alta de, pelo menos, 1/500 de um segundo, no mínimo, ou maior, se possível. Porém, sempre que você aumentar sua velocidade do obturador, você diminui a quantidade de luz que atinge o sensor de imagem da câmera. Isso pode ocasionar fotos escuras, ou com baixa exposição. Se for um dia ensolarado e seu filho está jogando futebol ao meio-dia, nada disso vai ser um problema. Ele começa a se tornar um grande problema, no entanto, quando você está dentro de casa e tentar fotografar sua filha correndo, pulando ou brincando com os animais de estimação. Espaços interiores não tem luz ambiente suficiente para as rápidas velocidades de obturador que você precisa. Suas fotos ou ficarão turvas ou escurar. Para resolver a situação, você pode usar um flash, aumentar a abertura ou a velocidade ISO, dependendo da situação e o que você quer sacrificar na qualidade da foto.
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A abertura na lente da câmara é o buraco pelo qual a luz viaja antes de atingir o sensor de imagem. Se você abri-lo mais selecionando um menor f-stop, você também permite que mais luz entre. Com mais luz disponível, você será capaz de usar uma velocidade mais rápida no obturador. Claro, isso não vem sem algum tipo de custo. Sempre que você mexer na abertura, você também reduz a profundidade de campo em sua fotografia.
Nesta foto, vemos que o elemento principal dela, o carro, está focado, mas o fundo não. Esta foi uma escolha do fotógrafo. A fotografia de objetos em movimentos vai depender muito de seu gosto pessoal e dos resultados que deseja obter. (Foto: ehow.com)
A profundidade de campo é o intervalo de elementos em sua foto que estão em foco. Com uma maior profundidade de campo, mais da cena ficará em foco. Quando a profundidade de campo diminui, mais da foto aparecerá fora de foco. Normalmente com uma abertura de f22, toda a cena estará em foco. Na abertura f4 ou f2.8, apenas o elemento principal ficará focado. Um fator importante é a compra de uma lente com uma abertura maior para obter o tipo de fotos que você deseja.
Sua segunda opção é usar um flash. Flashes são grandes e iluminam seu alvo principal, nos permitindo ter uma excelente combinação entre abertura e uma velocidade rápida do obturador. Se for permitido, eles são uma boa solução para situações de baixa iluminação ou luz de interiores. O cuidado que deve ser tomado é que ao expor seu alvo às luzes do flash, você corre o risco de saturar as cores. Uma solução prática é não direcionar a luz diretamente a seu alvo, usando uma superfície para refleti-la e diminuir os efeitos da exposição. Lembre-se também que flashes são para fotos de coisas que estão próximas.
Velocidade ISO é uma palavra chique para a velocidade com que o sensor de imagem da câmera lê a luz que vem de fora. Se você aumentar a velocidade, você também será capaz de aumentar a abertura e velocidade do obturador sem o escurecimento ou borrões em suas fotos. Sempre que você aumentar sua velocidade ISO, você também faz suas fotos um pouco mais granuladas, o que chamamos de ruído digital. O aumento da sensibilidade do sensor capta mais ruído para ir junto com a imagem real que você deseja capturar. Use-o com cuidado e, principalmente, como seu último recurso.
Nem sempre as fotos sairão perfeitas. E nem sempre uma foto dará conta do recado. Tire sempre mais de uma foto, treine muito e teste bastante para obter os melhores resultados e ficar cada vez mais satisfeito com suas habilidades fotográficas.
Sobre o autor
André tem uma família entusiasta de fotografia desde a década de 70. Já passaram por diversas máquinas e tecnologias, até máquinas de slide quando foram lançadas no Brasil. Quando se mudou para Belo Horizonte, em 2009, André conheceu e atuou com amigos no audiovisual. Conheceu e morou com um produtor e cineasta em uma república, com quem aprendeu muito sobre câmeras. Hoje, André continua estudando sobre câmeras e compartilhando seus conhecimentos no blog Super Câmera.
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